Subscribe:

sábado, 28 de junho de 2014

PSB oficializa a candidatura de Campos para o Palácio do Planalto

Ex-senadora Marina Silva (AC) foi confirmada para a vaga de vice na chapa.
Convenção nacional chancelou aliança entre PSB, PPS, PPL, PRP e PHS.


O Partido Socialista Brasileiro (PSB) oficializou neste sábado (28), durante convenção nacional, em Brasília, a candidatura do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos à Presidência da República na eleição deste ano. A legenda também chancelou a indicação da ex-senadora Marina Silva (AC) para a vaga de vice na chapa.

O evento partidário ocorreu a dois dias da data-limite para a realização das convenções que irão confirmar os candidatos para a disputa eleitoral de outubro. No mesmo ato que lançou a candidatura de Campos, também foi confirmada a coligação "Unidos pelo Brasil", aliança entre PSB, PPS, PPL, PRP e PHS.



Em uma votação simbólica, os delegados da coligação de apoio à chapa formada por Campos e Marina ergueram as mãos para confirmar a aprovação da aliança.

Chancelada para a disputa eleitoral, a ex-senadora do Acre discursou no evento partidário antes de Eduardo Campos e ainda foi apresentada aos militantes do PSB pelo próprio candidato a presidente.
Em sua manifestação, Marina, que é conhecida por sua militância em defesa do meio ambiente, propôs uma política capaz de aliar o aumento capacidade de produção com a proteção ambiental. 

“Outro ponto [do nosso projeto de governo] é a necessidade histórica de sair do modelo predatório de desenvolvimento, que, para produzir os bens e serviços de que necessitamos, usa os recursos naturais. Temos o compromisso com a mudança do modelo de desenvolvimento predatório para o modelo sustentável de desenvolvimento”, enfatizou.

Segundo ela, é preciso “aumentar a produção, investindo em ciência, tecnologia e inovação”. “Um modelo para ser sustentável precisa fazer com que essa sustentabilidade possa acontecer do ponto de vista social, mas também ambiental.”

Outro ponto [do nosso projeto de governo] é a necessidade histórica de sair do modelo predatório de desenvolvimento, que, para produzir os bens e serviços de que necessitamos, usa os recursos naturais. Temos compromisso com a mudança do modelo de desenvolvimento predatório para o modelo sustentável de desenvolvimento"
Marina Silva, ex-senadora e candidata a vice na coligação encabeçada pelo PSB
Aliado da coligação encabeçada por Eduardo Campos, o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), declarou em seu discurso na convenção que é preciso superar “o processo de degradação política” do Brasil. Segundo ele, a política nacional atualmente se baseia no “fisiologismo” e no gasto excessivo.
“Nós estamos assistindo a uma verdadeira salada de partidos se juntando, e o governo, com fisiologismo, clientelismo e seus 39 ministérios, se ajustando para ter tempo de televisão e não para um projeto para o Brasil”, criticou o dirigente da sigla oposicionista.

Freire disse ainda que o PPS está se unindo ao PSB por acreditar que Eduardo Campos “representa uma agenda de desenvolvimento” para o país. Para ele, o governo da presidente Dilma Rousseff promoveu ações “populistas”, que visavam resultados imediatos. “[Foram feitas] erradas escolhas para um populismo fácil, desconsiderando as futuras gerações, cuidando apenas dos seus quatro ou oito anos de governo”, criticou.


Rede Sustentabilidade
Apesar de ainda não terem obtido registro junto à Justiça Eleitoral, os integrantes da Rede Sustentabilidade, legenda criada por Marina Silva, participaram da convenção como observadores. Por meio de um acordo com a cúpula do PSB, os aliados da ex-ministra do Meio Ambiente receberam guarida no partido até a Rede regularizar sua situação jurídica.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou no ano passado o registro à Rede porque a legenda não comprovou apoio mínimo. A aliança com o PSB, anunciada poucos dias depois de a Corte eleitoral barrar o partido de Marina, assegurou que a ex-senadora e outros integrantes da Rede obtivessem condições de se candidatar nas eleições de 2014.

Neste sábado, Marina Silva comentou o fato de o TSE ter negado registro para a Rede. Sem citar nomes, a ex-senadora afirmou que houve uma tentativa de "eliminar prematuramente" sua legenda do cenário eleitoral.
“Tentando nos eliminar prematuramente, nos deram a oportunidade de nos juntar para nos fortalecer. Talvez não prematuramente, mas no tempo da adversidade em que a gente junta o possível para criar o aparentemente impossível”, destacou.

Nos últimos meses, durante o processo de construção dos palanques regionais, PSB e Rede manifestaram divergência em relação a alianças estaduais, sobretudo em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais. Recentemente, Marina criticou a decisão do PSB de apoiar a candidatura à reeleição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Em nota, ela afirmou considerar “equívoco” a união do PSB com Alckmin.

Na última quinta-feira (26), a executiva da Rede Sustentabilidade divulgou nota oficial para negar problemas com o PSB. No comunicado, a legenda de Marina citou “noticiário recente que trata de supostas dificuldades no relacionamento” entre as duas siglas. Segundo a Rede, há união com o partido de Eduardo Campos em relação à disputa pela Presidência.


Ao longo de seu discurso, Marina minimizou recentes desentendimentos com o PSB e comparou a relação entre as duas siglas, que teve início em outubro do ano passado, com uma "gestação".
"E para os que veem na gestação a beleza de colocar uma vida no mundo, nós ficamos muito felizes de poder, nesses nove meses, estar aqui para dizer que essa criança nasceu", ressaltou a candidata a vice de Campos.

Marina disse ainda que promoverá uma “mudança de qualidade” no Brasil caso ela e Campos vençam a eleição de outubro. Segundo ela, é preciso transformar o país e, ao mesmo tempo, “preservar conquistas obtidas nas últimas décadas, como controle da inflação e responsabilidade fiscal.

Fonte: http://g1.globo.com

0 comentários:

Postar um comentário

OBRIGADO PELA VISITA!

.