Atacante faz o gol de empate no último minuto em Manaus, e os europeus esperam por combinação para avançar. Americanos precisam de 1 ponto
Esperança e frustração em apenas um lance. Coube a Varela encher a
Arena da Amazônia, em Manaus, de sentimentos distintos na noite deste
domingo. Foi dele o gol no último minuto que decretou o empate em 2 a 2
entre Portugal e Estados Unidos pelo Grupo G. Naquele momento, os
europeus que já lamentavam a eliminação precoce passaram a sorrir. Agora
respiram por aparelhos na Copa do Mundo. Já os americanos, que
festejavam a classificação antecipada, lamentaram. E vão ter que esperar
até a próxima rodada para festejar. Ou não.
Nani abriu o placar para Portugal. Jones e Dempsey viraram para os
Estados Unidos. Mas as atenções estavam sempre voltadas para apenas um
nome. Feito um popstar, Cristiano Ronaldo foi ovacionado ao ter seu nome
exibido no telão. Durante o jogo, ouviu um misto de vaias e aplausos a
cada vez que pegava na bola. O melhor jogador do mundo correu, driblou
quatro jogadores na mesma jogada, fez graça para o bandeirinha ao ser
pego em impedimento, distribuiu passes certeiros, errou todas as
conclusões que tentou... E sofreu com a falta de qualidade ao seu lado.
Ainda assim, fez o que se espera do principal nome de um time: apareceu
na hora certa para salvar sua nação com uma assistência perfeita para
Varela empatar a partida.
Com o empate, Portugal depende de uma combinação de resultados para se
classificar. Precisa vencer Gana na próxima quinta-feira, às 13h, em
Brasília, e ainda esperar pelo resultado do jogo entre Alemanha e
Estados Unidos – no mesmo dia e horário, no Recife – para tentar tirar a
diferença no saldo de gols. Alemães e americanos, no entanto, jogam por
um empate para assegurarem a vaga.
Erro e pressão americana
O estádio lotado e a invasão americana a Manaus ditavam o apoio das aquibancadas. Os gritos de "U-S-A! U-S-A! U-S-A!" ecoavam na Arena Amazônia. Nada suficiente para intimidar Portugal no início do jogo. Os primeiros dez minutos foram de domínio absoluto da equipe do técnico Paulo Bento. Sem que o adversário desse sequer um chute a gol, Cristiano Ronaldo e companhia ditavam o ritmo. E não demorou para abrirem o placar. Após falha feia de Cameron em cruzamento da esquerda, a bola sobrou limpa nos pés de Nani. O goleiro Tim Howard ainda caiu antes da finalização e facilitou a vida do atacante: 1 a 0.
O estádio lotado e a invasão americana a Manaus ditavam o apoio das aquibancadas. Os gritos de "U-S-A! U-S-A! U-S-A!" ecoavam na Arena Amazônia. Nada suficiente para intimidar Portugal no início do jogo. Os primeiros dez minutos foram de domínio absoluto da equipe do técnico Paulo Bento. Sem que o adversário desse sequer um chute a gol, Cristiano Ronaldo e companhia ditavam o ritmo. E não demorou para abrirem o placar. Após falha feia de Cameron em cruzamento da esquerda, a bola sobrou limpa nos pés de Nani. O goleiro Tim Howard ainda caiu antes da finalização e facilitou a vida do atacante: 1 a 0.
O gol, no entanto, não disse o que foi a primeira etapa. Em vantagem,
Portugal recuou e deu muitos espaços para os Estados Unidos. Os
constantes erros de passe e os buracos na marcação – principalmente no
lado esquerdo da defesa – deram aos americanos o controle do jogo.
Johnson e Dempsey jogavam com liberdade e davam trabalho. O atacante
finalizou pelo menos três vezes com perigo.
Para complicar ainda mais a vida de Bento, Postiga sentiu dores na coxa
esquerda antes dos 30 minutos de jogo e deu lugar a Eder – foi a quarta
lesão da seleção durante o Mundial. Cristiano bem tentava levar seu
exército à frente, mas sozinho era difícil. A cada bola que caia nos pés
do craque, o estádio todo se levantava. Antes do intervalo, Nani quase
fez o segundo em chute de fora da área. Howard falhou, e a bola bateu na
trave. No rebote, Éder obrigou o goleiro a fazer difícil defesa.
Dempsey "Gaúcho" e Varela salvador
Se o primeiro tempo foi de poucas emoções, o segundo compensou em velocidade e boas chances. Logo no início, Ricardo Costa lembrou um lance do brasileiro David Luiz na final da última Copa das Confederações diante da Espanha. Salvou com o joelho, em cima da linha, a finalização de Bradley.
Se o primeiro tempo foi de poucas emoções, o segundo compensou em velocidade e boas chances. Logo no início, Ricardo Costa lembrou um lance do brasileiro David Luiz na final da última Copa das Confederações diante da Espanha. Salvou com o joelho, em cima da linha, a finalização de Bradley.
Klinsmann parecia não acreditar. Beto já estava batido.
Os Estados Unidos seguiam dominando. Portugal apostava no
contra-ataque. Cristiano teve uma boa oportunidade pela direita, mas
chutou para longe. Foi a última chance antes do empate. Jones arriscou
de fora da área, e o goleiro Beto, encoberto por vários defensores,
apenas olhou a bola entrar. Festa americana no estádio.
O resultado já deixava a situação dramática para os portugueses. O time
foi para o ataque, mas faltava qualidade. Não se faz verão com apenas
um melhor do mundo. Desesperada, a seleção deu ainda mais espaços. E foi
pelo lado esquerdo de sua defesa, o principal ponto de ataque dos
americanos, que quase viu a Copa terminar de vez. Após confusão e chute
de Zusi, Dempsey meteu a barriga na bola no melhor estilo Renato Gaúcho
para virar o jogo.
Parecia o fim, mas CR7 não desitiu. Não queria repetir Figo, melhor
jogador do mundo em 2001 e eliminado na primeira fase da Copa seguinte
com Portugal. Veio então a última bola, a última chance. O craque
dominou pela direita, olhou para área e cruzou na cabeça de Varela.
Assitência impecável, conclusão precisa. Fim de jogo, e Portugal ainda
respira.
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