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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Irmãos suspeitos de ataque em Paris integram lista de terroristas nos EUA

Chérif e Said Kouachi são suspeitos de ataque a jornal 'Charlie Hebdo'.
Eles disseram à polícia francesa que querem 'morrer como mártires'.



Os dois supostos autores do atentado contra o jornal "Charlie Hebdo", em Paris, integram "há anos" a lista negra de terroristas elaborada pelos Estados Unidos, informou à AFP um funcionário americano.

Os irmãos Chérif e Said Kouachi, de 32 e 34 anos, apontados como os autores da execução de 12 pessoas no jornal satírico parisiense "estão há anos em nossa lista de vigilância", disse o funcionário, que pediu para não ser identificado.

Os nomes deles foram incluídos até na famosa "No Fly List", que proíbe a presença em voos para ou a partir dos Estados Unidos.

Após o ataque ao jornal, Chérif e Said fugiram e foram vistos no norte da França, onde as forças da ordem fazem uma enorme operação. A caçada prossegue nesta sexta-feira (9), mobilizando milhares de homens e cinco helicópteros.

Os dois suspeitos falaram com a polícia por telefone e disseram que querem "morrer como mártires", disse o parlamentar Yves Albarello, que é da cidade de Dammartin-en-Goële, onde ocorre o cerco, segundo a CNN.

O atentado foi saudado nesta quinta-feira (8) pelo grupo Estado Islâmico, que chamou os irmãos de "heróis".

Histórico
Nascido em 28 de novembro de 1982 em Paris, francês de nacionalidade e apelidado Abu Isen, Chérif Kouachi integrava a chamada "rede de Buttes-Chaumont", comandada pelo "emir"' Farid Benyettu. Ela era encarregada de enviar jihadistas para combater no braço iraquiano da Al-Qaeda, então liderado por Abu Mussab al Zarkaui.

Detido pouco antes de viajar à Síria, Chérif foi julgado em 2008 e condenado a três anos de prisão, com 18 meses sob liberdade condicional.

Segundo o jornal "Guardian", Chérif trabalhava na época como entregador de pizza e havia dito às autoridades que foi motivado a viajar ao Iraque por imagens de atrocidades cometidas pelas tropas americanas na prisão de Abu Ghraib, em Bagdá.

O suspeito era órfão de pais de origem argelina do oeste da França e tinha formação técnica em instrutor de educação física, ainda de acordo com o "Guardian".

Said também nasceu em Paris e tem nacionalidade francesa. Ele passou "vários meses" treinando com armamento de guerra com um membro da Al-Qaeda no Iêmen em 2011, antes de regressar à França, disse ao jornal "The New York Times" um funcionário americano.



Fonte:http://g1.globo.com

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