Partido oficializou candidatura no último dia do prazo estabelecido pelo TSE.
Registro exige informações de gasto maximo de campanha e programa.
O advogado do PT Gustavo Severo protocolou neste sábado (5) o registro da candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff
na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. O
coordenador do programa de Dilma, Alessandro Teixeira, acompanhou Severo
no TSE.
Na documentação entregue ao tribunal, o PT estimou em R$ 298 milhões o gasto máximo da campanha – o PSDB de Aécio Neves previu R$ 290 milhões e o PSB de Eduardo Campos, R$ 150 milhões.
Pesquisa Datafolha divulgada na última quarta-feira (2) e realizada nos
dois primeiros dias do mês mostrou que Dilma tem 38% das intenções de
voto; o candidato do PSDB, Aécio Neves, tem 20%; e o candidato do PSB,
Eduardo Campos, 9%.
Os partidos políticos e coligações têm até este sábado (5) para
oficializar as candidaturas na Justiça Eleitoral. Os pedidos ainda serão
julgados pelo TSE, que analisará se o candidato preenche os requisitos
para ser eleito, como não ter sido condenado a crimes por órgão
colegiado.
Devem constar no pedido declaração de bens, previsão de gasto máxima de
campanha, plataforma de governo e certidões criminais fornecidas pela
Justiça.
O candidato a vice na chapa de Dilma será o vice-presidente Michel
Temer (PMDB), cujo partido oficializou a aliança em convenção em
Brasília no mês passado – 59% dos convencionais aprovaram a coligação.
Programa de governo
A plataforma de governo da presidente Dilma, intitulada "Mais mudanças, mais futuro", tem 40 páginas e aborda assuntos como os últimos 12 anos de governo do PT na Presidência da República, desenvolvimento econômico, melhorias na saúde, educação, segurança pública, aspectos relacionados à energia, à ciência e tecnologia, habitação e agricultura familiar.
Segundo explicou Alessandro Teixeira, coordenador do programa de
governo do PT, a regulação da mídia, tema proposto nas diretrizes
formuladas pelo partido, não foi incluída no programa de governo da
presidente. Segundo ele, é uma questão que pode ser discutida "no
futuro".
O secretário-geral do partido, Geraldo Magela, afirmou após protocolar
os documentos no TSE que a elaboração do programa contou com a
participação das legendas que apoiam a reeleição de Dilma.
"Desde o início, nós deixamos claro que o PT, como coordenador da
coligação, ofereceria contribuições, mas o programa de governo é um
programa formulado em conjunto com os partidos e, naturalmente, sob a
coordenação da nossa presidenta e candidata", disse.
Motivo de embates entre governo e oposição e entre Executivo e
Legislativo, os conselhos populares são citados no programa de governo
da presidente Dilma como "não conflitantes" com as atribuições do Poder
Legislativo. O governo defende a participação dos conselhos nas decisões
do Executivo, mas parlamentares argumentam que os conselhos "invadem"
as funções do Congresso Nacional.
Custo da campanha
O tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva, afirmou que o orçamento de R$ 298 milhões da campanha é "compatível" com a estimativa de gastos. Segundo ele, a meta é arrecadar a quantia com pessoas interessadas em contribuir com a candidatura, além de empresas.
O tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva, afirmou que o orçamento de R$ 298 milhões da campanha é "compatível" com a estimativa de gastos. Segundo ele, a meta é arrecadar a quantia com pessoas interessadas em contribuir com a candidatura, além de empresas.
"Na verdade, se nós formos fazer uma correção [na comparação entre a
última campanha e esta], o aumento não é tão grande assim. A nossa
coligação é a que mais acumula forças políticas, forças partidárias. É
uma projeção de gastos baseada nos orçamentos, nos valores de mercado.
Portanto, é compatível com aquilo que nós acreditamos que efetivamente
custará a nossa campanha", afirmou. Segundo Silva, o partido pretende
"racionalizar" custos durante a campanha.
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