El Tri supera time de Niko Kovac, que na véspera afirmara saber como ganhar, e passa em segundo lugar do Grupo A. Rival das oitavas é Holanda
O México domou a Croácia na Arena Pernambuco e dizimou os discursos
autoconfiantes dos adversários na véspera. A vitória por 3 a 1 foi a
melhor resposta ao técnico Niko Kovac, que afirmou ter a receita de como
ganhar. Sim, o México está nas oitavas de final de uma Copa do Mundo
pela sexta vez consecutiva. Classificou-se em segundo lugar no Grupo A,
por causa do saldo de gols inferior ao do Brasil (três contra cinco) e
enfrentará a Holanda nas oitavas de final, no domingo, às 13h, na Arena
Castelão.
O meia do Real Madrid Luka Modric chegou a dizer que a Croácia tinha
melhor time, melhores valores individuais e que iria provar isso em
campo. Mordeu a língua. Ele e o artilheiro Mandzukic foram meras sombras
diante do organizado time mexicano. Rafa Márquez (eleito o craque do
jogo), Guardado e Chicharito Hernández marcaram os gols do México, todos
no segundo tempo.
Só no fim, já aos 43, Perisic descontou. Já não havia mais tempo para
nada. A Arena Pernambuco - que recebeu 41.212 torcedores - estava em
festa, ninguém se importou com o fato de o goleiro Ochoa ter sido vazado
pela primeira vez. Era tempo de festejar. A bagunça mexicana que
invadiu Recife continuará espalhada Brasil afora. Pelo menos até
domingo.
Primeiro tempo sem sal
A Croácia teve bola no pé no primeiro tempo, 59% da posse, mas não
conseguiu achar os espaços. Pranjic, Rakitic, Modric, Perisic e Srna
cansaram de trocar passes. Mais uma vez, o sistema defensivo mexicano
esteve seguro à frente de Ochoa. Mandzukic simplesmente não finalizou.
Nenhuma vez sequer. Os companheiros arriscaram chutes de fora da área
sem sucesso.
Perigoso mesmo foi o México. Herrera acertou o travessão aos 15 minutos
- e a Arena Pernambuco quase veio abaixo. Pouco depois, Peralta perdeu
um gol cara a cara com Pletikosa. Mais rápido e objetivo, o México,
diferentemente da Croácia, achava os espaços.
O resultado a favor e o sistema implatado por Miguel Herrera deixavam a seleção tricolor cada vez mais à vontade, apesar da postura precavida na maior parte do tempo. Não foi um primeiro tempo de encher os olhos, longe disso.
A mexida de Niko Kovac na escalação não deu certo. O meia brasileiro
Sammir, titular na goleada sobre Camarões, perdeu a posição para
Vrsaljko, escalado na lateral esquerda, enquanto Pranjic foi deslocado
para o meio.
Segundo tempo temperado
Logo no início da segunda etapa, o técnico croata trocou Vrsaljko pelo
volante Kovavic, do Inter de Milão. Rebic substituiria Olic minutos
depois. No México, entraram Chicharito Hernández, Mario Fabiane e Carlos
Peña. O atropelo se deu a partir dos 25 minutos. O México precisou de
menos da metade de um tempo para construir o resultado. Mas quando Rafa
Márquez marcou de cabeça, após cobrança de escanteio, parecia que o
árbitro já havia apitado o fim da partida.
A certeza da classificação se espalhou pelo ar, na euforia de cada
mexicano presente na Arena Pernambuco. Afinal, um gol tem valido como
goleada para quem tem uma defesa tão segura. A expressão dos jogadores
croatas refletia isso em campo. A vaga virou certeza absoluta quatro
minutos depois. Guardado anotou o segundo gol mexicano após bela troca
de passes. No fim, aos 36, Chicarito Hernández, oportunista, ainda
aumentou a festa ao escorar um desvio de Rafa Márquez. O gol de Perisic
só serviu para constar.
O México, que chegou com expectativa baixa ao Mundial após campanha
ruim nas eliminatórias, terá um novo desafio. Nas suas últimas cinco
participações, foi eliminado justamente nas oitavas de final.
Fonte: http://globoesporte.globo.com
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