Mais uma vez apoiada pela torcida, que lotou o Mané Garrincha, seleção cafetera vence outra e pode garantir vaga antes mesmo da última rodada
Eles fizeram de novo. Assim como há cinco dias, no Mineirão, os
colombianos invadiram o Mané Garrincha. Um desavisado poderia achar que a
partida contra a Costa do Marfim estava sendo disputada no Estádio
Metropolitano de Barranquilla – casa da Colômbia nas eliminatórias para a
Copa do Mundo. E se fora de campo a torcida fez a sua parte, dentro
dele os cafeteros corresponderam à altura: vitória por 2 a 1 e um passo
enorme rumo à classificação.
Os gols da vitória colombiana saíram no segundo tempo, com James
Rodríguez, de cabeça, e Juan Quintero, em vacilo da defesa dos
Elefantes. O time africano descontou com Gervinho e pressionou bastante
pelo empate nos minutos finais, mas não foi capaz de estragar a festa
cafetera nas arquibancadas – reforçada até pela presença do presidente
Juan Manuel Santos, reeleito no último domingo. Nem mesmo a entrada de
Drogba deu resultado desta vez. Curiosamente, os africanos sofreram os
gols com a estrela em campo, contrastando com a virada sobre os
japoneses na estreia.
Com o resultado, os cafeteros ficaram mais próximos das oitavas de
final, e a vaga pode vir ainda nesta quinta, caso o Japão não supere a
Grécia na Arena das Dunas, em Natal, em jogo que começa às 19h. Um
tropeço nipônico também é favorável aos marfinenses, que jogariam por
uma vitória para avançar – a terceira e última rodada da fase de grupos
acontece na próxima terça-feira, dia 24, às 17h (de Brasília).
Gregos e
marfinenses se enfrenta na Arena Castelão, em Fortaleza, e japoneses e
colombianos entram em campo na Arena Pantanal, em Cuiabá.
Muita movimentação, mas nada de gols
Logo no aquecimento dos times, a torcida cafetera deu uma mostra do que
estava por vir. Os gritos de "Colômbia" ecoaram forte no momento da
entrada dos jogadores, enquanto os marfinenses foram recebidos por uma
sonora vaia. A "onda amarela" rapidamente contagiou grande parte dos
brasileiros que estavam no estádio – muitos com camisas amarelas da
Seleção –, e o domínio colombiano nas arquibancadas ficou ainda maior.
Quando o jogo começou, o trio James Rodríguez, Cuadrado e Teo Gutiérrez
tratou de incendiar ainda mais a torcida. Aberto pelo lado direito, o
camisa 11 de cabelo invocado foi o responsável pelas melhores chegadas
dos "donos da casa", sempre buscando o centroavante substituto de
Falcao.
Em 15 minutos, os dois já tinham criado três boas chances. Em uma
delas, Gutiérrez finalizou com perigo à esquerda da meta de Boubacar
Barry. Pouco depois, o camisa 9 perdeu a melhor oportunidade de gol do
primeiro tempo: Cuadrado puxou contra-ataque e lançou na esquerda para
James Rodrígues, que passou a Teo, mas o atacante, sozinho na área,
acabou finalizando mal. Apesar do erro, o jogador recebeu o apoio da
torcida, que cantou seu nome logo na sequência.
O susto pareceu acordar o time da Costa do Marfim. Ainda sem Didier
Drogba, que ficou mais uma vez no banco por opção do técnico Sabri
Lamouchi, os Elefantes tentaram explorar no início, sem muito sucesso,
as velocidades de Gervinho e Max Gradel (que começou o jogo no lugar de
Kalou, única mudança em relação à vitória sobre o Japão). No entanto, na
segunda metade do primeiro tempo, o time passou a tocar mais a bola e
buscar sua principal estrela, Yaya Touré, no meio-campo.
Sob comando do jogador do Manchester City, os africanos chegaram bem ao
ataque e levaram perigo em chutes de Aurier e Gradel, esfriando um
pouco a torcida colombiana nas arquibancadas. Pouco antes do intervalo, o
zagueiro Mario Yepes, sentado no chão, fez ótima jogada ao roubar a
bola de Gradel, trazendo os torcedores de volta para o jogo. Mas a
Colômbia não conseguiu retomar o bom momento do início da partida, e o
primeiro tempo terminou mesmo sem gols.
Colômbia abre vantagem, sofre pressão, mas vence
O segundo tempo começou equilibrado e movimentado. As duas equipes se
lançavam ao ataque e deixavam espaços na defesa. Em uma boa descida
colombiana, Cuadrado, sempre ele, fez boa jogada pela direita e cruzou
rasteiro, mas James Rodríguez não conseguiu escorar para o gol. A
resposta dos Elefantes veio com Yaya Touré, em cobrança de falta, e
Bony, em tentativa de bicicleta dentro da área. Mas foi a seleção
cafetera que esteve mais perto de marcar: Cuadrado mais uma vez recebeu
na direita, limpou a marcação e bateu firme. O goleiro espalmou, e a
bola carimbou o travessão.
Aos 12 minutos, a torcida brasileira, que no início apoiava a Colômbia,
começou a gritar o nome de Drogba. Apelo atendido dois minutos depois
por Sabri Lamouchi, mas o que o técnico dos Elefantes não esperava era
ver seu time sofrer um gol logo na sequência. Aos 18, James Rodrígues se
apresentou para cobrar escanteio para a Colômbia, mas preferiu deixar
Cuadrado na bola e foi para a área. Sábia decisão. A bola foi na cabeça
do camisa 10, que ganhou de Drogba e Zokora no alto e testou para a
rede: 1 a 0.
A Costa do Marfim se lançou imediatamente ao ataque, apostando na
presença de Drogba na frente. Mas os Elefantes acabaram sofrendo o
segundo gol pouco depois. Serey Die bobeou e perdeu dividia para Teo,
James Rodríguez pegou a sobra e passou para Juan Quintero, que havia
entrado no início do segundo tempo, marcar o segundo. Delírio dos
colombianos no Mané Garrincha. O time africano não se deixou abater com o
segundo gol e respondeu três minutos depois: Gervinho fez ótima jogada
individual pela esquerda, invadiu a área e fuzilou o goleiro Ospina.
Os colombianos poderiam ter matado o entusiasmo dos marfinenses aos 43,
quando Quintero viu Barry adiantado e mandou de longe, mas o goleiro se
recuperou e evitou o que seria um golaço. Daí para a frente, foi
pressão total dos africanos, com direito a Ospina saindo do gol para
salvar aos pés de Drogba já nos acréscimos, mas com o apoio da torcida a
Colômbia conseguiu segurar a vitória: 2 a 1.
Fonte: http://globoesporte.globo.com
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