Triunfo sobre Crystal Palace no Stamford Bridge vem novamente pelo placar mínimo. Críticas sobre time se desmancham com conquista por três rodadas de antecedência
Virou praticamente senso comum na Inglaterra: o Chelsea joga um futebol chato. A afirmação ganhou seguidores ao longo da temporada, especialmente quando motivados por vitórias por 1 a 0, nada próxima da disparidade entre os Blues e a maioria de seus rivais no Campeonato Inglês. A 35ª rodada reservou o mesmo placar, diante do Crystal Palace, no Stamford Bridge, mas com uma ironia: este mesmo Chelsea se sagrava campeão por antecipação. Como ter coragem e argumentos para criticar o time de Mourinho, Hazard (autor do gol), Willian, Diego Costa, Fàbregas, Oscar e tantos outros?
O título coroa um ano de supremacia do Chelsea na Inglaterra. Líder desde agosto, não perdia na Premier League desde 1º de janeiro, quando caiu para o Tottenham de Harry Kane. Desde então, acumulou 11 vitórias e quatro empates. Chegou aos 83 pontos, não podendo mais ser alcançado pelo Arsenal - chegaria aos 82 se vencesse todas suas partidas restantes. O Crystal Palace, 12º, com 42 pontos, se satisfaz em se ver livre do rebaixamento e faturar com o novo montante dos direitos de TV.
O gol de Hazard, ainda que tenha nascido de um rebote de pênalti perdido no fim do primeiro tempo, simboliza o seu grau de relevância na temporada. O belga chegou aos 14, igualando-se a Giroud e Sánchez, do Arsenal. Soma ainda oito assistências, que contribuíram para ser eleito o melhor jogador do torneio - curiosamente, também por antecipação.
Este é o quinto título inglês do Chelsea, o quarto na Era Premier League e na Era Roman Abramovich, dono do clube desde 2003 e que acompanhou a vitória das tribunas do Stamford Bridge. Os Blues ainda estão longe do Manchester United, o maior vencedor, com 20 troféus, seguidos por Liverpool (18) e Arsenal (13).
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