Foram vendidos 44,364 bilhões de litros no ano passado.
Somando-se todos os combustíveis, alta nas vendas foi de 5,3% ante 2013.
As vendas de gasolina C (que inclui a mistura de 25% de etanol anidro) no Brasil subiram 7,09% em 2014 na comparação com o ano anterior, atingindo 44,364 bilhões de litros, informou nesta terça-feira (10) a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Somando-se todos os combustíveis, as vendas no país no ano passado atingiram 144,575 bilhões de litros, uma alta de 5,3% ante 2013.
O crescimento do consumo ficou bem acima do aumento do PIB, que deve ficar praticamente estável em 2014, segundo previsão do mercado.
"Se a gente comparar os últimos três anos, ou seja, 2014 em relação a 2011, esse setor teve crescimento superior a 18%, em relação a um (crescimento do) PIB em torno de 4%. Ou seja, o consumo de combustíveis no país mostra forte vigor", disse diretor da ANP Florival Carvalho, informa a Reuters.
As vendas de diesel B (já com adição de biodiesel) subiram 2,49% no ano passado, para 60,032 bilhões de litros, informou a autarquia em evento no Rio de Janeiro.
Já as vendas de biodiesel cresceram 16,45%, para 3,41 bilhões de litros. Segundo a ANP, esse crescimento nas vendas de biodiesel foi devido ao aumento do teor de adição de biodiesel ao óleo diesel A de 5% para 6% em julho de 2014, e de 6% para 7% em novembro de 2014.
Consumo de álcool cresce mais de 10%
O consumo de etanol hidratado, usado diretamente nos carros flex, cresceu 10,54%, para 12,994 bilhões de litros em 2014. Já as vendas de etanol total (soma de anidro e hidratado) subiram 12,33% frente a 2013, para 24,085 bilhões de litros.
Ainda segundo os dados divulgados pela ANP, as vendas de gás liquefeito de petróleo (GLP) aumentaram 1,26%, para 13,444 bilhões de litros.
O querosene de aviação (QAV) teve sua comercialização elevada em 3,40%, para 7,470 bilhões de litros.
No óleo combustível houve alta de 24,14%, para 6,195 bilhões de litros. Já o consumo de gás natural veicular (GNV), caiu 3,23%, passando de 5,125 milhões de m³/dia para 4,960 milhões de m³/dia.
Descompasso entre alta do consumo e da produção
Os números da ANP revelam também que o crescimento do consumo de combustíveis permanece acima da capacidade de crescimento da produção de derivados no Brasil.
A produção de derivados nas refinarias da Petrobras cresceu 2,1% em 2014 ante o ano anterior, alcançando recorde de 45 mil barris de petróleo dia. Mas o Brasil continuou dependente da importação de combustíveis para atender a demanda interna.
Levantamento do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) mostra que o volume de importação de derivados de petróleo cresceu 2,2% em 2014, para 196,74 milhos de barris.
Desde 2011, o país voltou a consumir mais do que produz, perdendo a autossuficiência, comemorada pela Petrobras e pelo governo em 2006, quando a produção de petróleo equiparou-se ao volume de derivados consumidos à época no país.
A previsão da Petrobras era que a companhia poderia reconquistar a autossuficiência em volume de petróleo produzido (quando esse volume alcança o de derivados consumidos) em 2015.
No final de janeiro, no entanto, a Petrobras anunciou a redução dos investimentos e a desaceleraração do ritmo de projetos de exploração e refino em razão da atual situação financeira da companhia.
Fonte:http://g1.globo.com
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