Envio de aparelho não tripulado foi o primeiro por parte dos palestinos.
Hamas confirmou que seu braço armado enviou drones.
Israel
afirmou ter derrubado um drone de Gaza durante sua ofensiva nesta
segunda-feira (14), no primeiro envio de um aparelho não tripulado por
parte de militantes palestinos, cujos foguetes disparados contra o
território israelense têm sido de modo geral interceptados.
O Hamas, o grupo islâmico que governa Gaza, afirmou que seu braço
armado enviou diversos drones para realizar "missões especiais" no
interior de Israel --um desdobramento que, se confirmado, marcaria um
avanço na sofisticação de seu arsenal.
Pelo menos 172 palestinos, na maioria civis, foram mortos, disseram
autoridades do setor de saúde de Gaza, nos sete dias de um conflito que
não dá sinais de que vá acabar.
A aviação e navios de guerra israelenses atacaram 204 alvos durante a
noite na Faixa de Gaza, segundo o Exército de Israel. Autoridades
palestinas disseram que pelo menos 20 pessoas ficaram feridas.
Os militares israelenses disseram que o drone foi interceptado perto do
porto de Ashdod por mísseis Patriot, de fabricação norte-americana, que
foram usados amplamente por Israel, mas sem eficácia, contra os Scuds
iraquianos na Guerra do Golfo, em 1991.
Como parte dos esforços diplomáticos internacionais para um
cessar-fogo, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, cujo empenho
por um acordo de paz palestino-israelense fracassou em abril, se
ofereceu no domingo para ajudar na obtenção de uma trégua. A oferta teve
o respaldo da França e da Alemanha, que vai enviar seu ministro de
Relações Exteriores à região nesta segunda-feira.
Escalada de violência
A mais recente escalada de tensão e violência entre israelenses e palestinos começou com o desaparecimento de três adolescentes israelenses no dia 12 de junho na Cisjordânia. Eles foram sequestrados quando pediam carona perto de Gush Etzion, um bloco de colônias situado entre as cidades palestinas de Belém e Hebron (sul da Cisjordânia) para ir a Jerusalém.
A mais recente escalada de tensão e violência entre israelenses e palestinos começou com o desaparecimento de três adolescentes israelenses no dia 12 de junho na Cisjordânia. Eles foram sequestrados quando pediam carona perto de Gush Etzion, um bloco de colônias situado entre as cidades palestinas de Belém e Hebron (sul da Cisjordânia) para ir a Jerusalém.
O governo israelense acusou o movimento islamita Hamas, que controla a
Faixa de Gaza, do sequestro. O Hamas não confirmou nem negou
envolvimento. Israel deslocou um grande contingente militar para a área
da Cisjordânia, principalmente na cidade de Hebron e arredores. Dezenas
de membros do Hamas foram detidos, e foguetes foram disparados da Faixa
de Gaza contra Israel.
Os corpos dos três jovens foram encontrados em 30 de junho, com marcas
de tiros. Analistas sustentam que eles foram assassinados na noite de
seu desaparecimento.
A localização dos corpos aumentou a tensão, com Israel respondendo aos
disparos feitos por Gaza. No dia seguinte, 1º de julho, um adolescente
palestino foi sequestrado e morto em Jerusalém Oriental. A autópsia
indicou posteriormente que ele foi queimado vivo.
Israel prendeu seis judeus extremistas pelo assassinato do garoto
palestino, e três dos detidos confessaram o crime. Isso reforçou as
suspeitas de que a morte teve motivação política e gerou uma onda de
revolta e protestos em Gaza.
No dia 8 de julho, após um intenso bombardeio com foguetes contra o sul
de Israel por parte de ativistas palestinos, a aviação israelense
iniciou dezenas de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza. A operação,
chamada "cerca de proteção", tem como objetivo atacar o Hamas e reduzir o
número de foguetes lançados contra Israel, segundo um porta-voz
israelense.
Os militantes de Gaza responderam aos ataques, disparando foguetes
contra Tel Aviv. Por enquanto, só houve registro de mortes entre os
palestinos – o sistema antimísseis israelense interceptou boa parte dos
disparos lançados contra seu território.
Os combates são os mais sérios entre Israel e os militantes de Gaza desde a ofensiva de seis dias em 2012.
Fonte: http://g1.globo.com
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