Diferentemente
das previsões oficiais anunciadas em janeiro, durante workshop
realizado em Fortaleza, apontando 40% de probabilidade de as chuvas
ficarem abaixo da média no Nordeste, um encontro ocorrido ontem, 21, em
Natal, com meteorologistas da região, apresentou um prognóstico mais
otimista, com 45% de chances de chuvas dentro da normalidade para os
próximos três meses.
Segundo
o meteorologista Gilmar Bistrot, da Empresa de Pesquisa Agropecuária do
RN (Emparn), mudanças nas condições atmosféricas dos oceanos
proporcionaram a previsão mais animadora. "As condições dos oceanos
estão mais favoráveis para o registro de chuvas na região Nordeste.
Agora a expectativa é de 45% de probabilidade de precipitações na média,
30% abaixo da média e 25% acima do normal", detalha o especialista.
Anteriormente,
a possibilidade de chuvas dentro da normalidade era de 35%. A única
previsão que permanece inalterada é a de precipitações pluviométricas
acima da média, com prognóstico de 25%. "É importante salientar que as
previsões mudam, as condições atmosféricas mudam, o que significa dizer
que nos próximos meses o quadro chuvoso seja outro", alerta Gilmar
Bistrot.
Chuvas
na média para a região Oeste, que engloba Mossoró, equivalem a
aproximadamente 600 milímetros durante os próximos meses. Em 2013, a
cidade registrou pouco mais de 470 milímetros, o que caracteriza o ano
como seco. Já em 2012, foram cerca de 200 milímetros de chuvas, ano
extremamente seco, conforme classificação dos meteorologistas.
Entre
janeiro e fevereiro, segundo dados da Estação Meteorológica da
Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) choveu 40mm na região
de Mossoró, enquanto a média para o período é de 160mm.
Agricultores atrasam início de plantio aguardando mudanças climáticas
A previsão
de que as chuvas poderão ocorrer dentro da normalidade gera uma nova
esperança para os agricultores mossoroenses, que ainda não iniciaram o
plantio da safra por falta de umidade no solo.
Conforme o presidente do Sindicato
dos Trabalhadores da Lavoura de Mossoró, Francisco Gomes, após um ano
que o prejuízo foi total, a expectativa é de que em 2014 o cenário seja
outro. "Estamos praticamente no limite para iniciarmos nosso plantio. As
chuvas não estão acontecendo com regularidade, o que nos deixa
angustiados", conta.
Segundo Francisco Gomes, existem
hoje na zona rural da cidade mais de cinco mil agricultores,
distribuídos em cerca de 40 assentamentos. "Há áreas em que só podemos
plantar se o solo estiver bem molhado. Já em outras áreas, se chover
acima de 100 milímetros, o cultivo é inviabilizado. Vamos aguardar e ver
o que acontece", conclui.
Fonte:blogrgnews via O MOSSOROENSE
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