terça-feira, 1 de outubro de 2013
Por que não conseguimos abandonar o Facebook?
- Doutor, preciso sair do Facebook. Todos os momentos felizes ali, os meus 1.500 amigos, todas as curtidas... tudo aquilo é virtual. Preciso focar mais na minha vida offline e o Facebook está me atrapalhando. Não posso ter duas vidas... estou pensando em cometer Facebookcídio. Mas não tive força suficiente.
O trecho acima é ficcional mas reflete a realidade de muita gente, que, cansada da maior rede social do mundo, tenta sair deste universo online e não consegue. Ou consegue e desiste logo depois.
Há várias teorias sobre os efeitos negativos do Facebook. Muitos sentem que estão se tornando menos produtivos ou que estão gastando tempo demais em um campo virtual, onde talvez as relações não sejam tão sólidas quanto na vida offline. A ideia de excluir a conta de uma vez por todas já passou por muitas cabeças.
Estudos indicam que a dependência do Facebook pode ser mais intensa do que do sexo ou do cigarro. E, como todo vício, abdicar é um processo difícil. Neste caso, pode ser mais complicado ainda – afinal de contas, o site está inserido de forma profunda no atual cenário da sociedade.
Há certos aspectos da vida contemporânea que dependem diretamente da rede social. Excluir sua conta é abrir mão de vários elementos de sua rotina. Abaixo, listo alguns dos fatores que fazem da rede social um elemento único na vida de muita gente:
Sair do Facebook é perder contato com muitos amigos
Não tem jeito. Hoje, boa parte de nossas relações pessoais passa por lá. Ao sair da rede social, você até consegue continuar conversando com algumas pessoas por WhatsApp, telefone e, veja só, pessoalmente! Mas não é suficiente porque há pessoas com as quais só falamos online.
Há quem questione o valor de amizades limitadas ao campo virtual e a importância desses indivíduos na vida social, afinal, nem todas elas são importantes. Muitas vezes, no entanto, descobrimos que os amigos virtuais podem surpreender e se tornarem relevantes para o nosso dia a dia.
Sair do Facebook é perder a oportunidade de conhecer novas pessoas
Costumamos sair para algum lugar, conhecer alguém interessante e depois adicionar a pessoa no Facebook. Lá, conversamos mais e criamos laços. Sem a rede social, talvez fosse impossível retomar e estabelecer contato.
Sair do Facebook é perder vários eventos
Festas de aniversário, baladas, um barzinho com os amigos... até casamento. A maior parte dos convites de eventos é distribuída pela rede social. Se você não está nela, há grandes chances de simplesmente não ser lembrado (e não é por falta de consideração).
Sair do Facebook é perder momentos de diversão
O Facebook é uma faca de dois gumes. Ao passo que ele contribui para a diminuição da produtividade e distrai as pessoas do mundo à sua volta, não dá para negar que também proporciona risos e momentos agradáveis.
Sair do Facebook é perder uma fonte de informação
Para muita gente, o Facebook é a principal fonte de informação na internet. É no Feed que as pessoas têm contato com as principais notícias do dia, com o que seus amigos estão lendo, etc. É claro que há outros meios mais eficientes para se informar na internet, como os agregadores de RSS ou sites de conteúdo.
Ainda assim, o compartilhamento de informações na rede social é intenso. No caso do Olhar Digital, por exemplo, notamos que uma parte significativa de nossa audiência chega ao site pelo Facebook. Não fosse a rede social, muita gente estaria mais desinformada.
Tantos outros motivos
Há quem não possa sair do Facebook por questões de trabalho, pessoais ou de qualquer outra natureza. O fato é: apesar de existir uma crença generalizada de que deixar a plataforma é uma questão de liberdade, nem sempre é.
Cometer um Facebookcídio é equivalente a ir morar no campo. Você escapa do stress, investe em qualidade de vida, aproveita melhor o tempo..., mas perde o contato com várias pessoas, abre mão de eventos e limita suas opções.
O Facebook está profundamente enraizado na vida das pessoas, e isso pode ser perigoso. Podemos estar todos presos no sistema. Sair disso tem um preço alto. O melhor a fazer talvez seja se disciplinar para aproveitar o melhor da vida online e offline, com ou sem a rede social.
Fonte: http://olhardigital.uol.com.br
Assinar:
Postar comentários (Atom)
OBRIGADO PELA VISITA!
.
0 comentários:
Postar um comentário