Em reunião, ministros defenderam emergentes no Conselho de Segurança.
Em discurso, Dilma fez apelo para que mudança no órgão ocorra até 2015.
Em reunião fora da agenda oficial da Assembleia-Geral das Nações Unidas, os ministros de Relações Exteriores de Brasil, Alemanha, Índia e Japão defenderam nesta quinta-feira (26) a ampliação dos assentos do Conselho de Segurança das Nações Unidas, organismo criado para a resolução de conflitos pelo mundo.
Em um comunicado, os chanceleres afirmaram que quase 70 anos após a criação da ONU, a reforma do conselho está “atrasada”. “Os ministros concordam que as dificuldades enfrentadas pelo Conselho de Segurança em lidar com os desafios internacionais revelam a necessidade de uma reforma para que o organismo reflita melhor as realidades geopolíticas do século 21”, diz o documento.
Para os ministros do G4, a ampliação dos assentos permanentes, com a participação de países em desenvolvimento, é necessária para dar “legitimidade” e “transparência” ao organismo. Os chanceleres defenderam que até o final de 2015 seja elaborado um acordo com previsões concretas para a reforma do Conselho.
“Os países do G4 reiteram seus compromissos e interesses na inclusão de membros permanentes no Conselho de Segurança da ONU, assim como o apoio recíproco às candidaturas dos integrantes do grupo. Eles também reafirmam a visão de que é importante que países em desenvolvimento, especialmente da Árica, sejam representados tanto com assentos permanentes quanto em com não-permanentes", diz o comunicado.
No discurso que abriu a Assembleia-Geral, a presidente Dilma Rousseff reivindicou a "reforma urgente" do Conselho de Segurança. Para ela, a ocasião para a reforma é 2015, quando as Nações Unidas fazem 70 anos.
"Impõe evitar a derrota coletiva que representaria chegar a 2015 sem um conselho de segurança capaz de exercer plenamente suas responsabildaides no mundo de hoje. É preocupante a limitada representação do Conselho de Segurança da ONU face os desafios do século 21. Exemplos disso são a dificuldade no conflito sírio e a paralisia na questão israelo-palestina", disse.
Para a presidente, "urge" dotar o conselho de "vozes independentes e construtivas". "Somente a ampliação de membros permantenes e não-permanentes permitirá sanar o atual déficit de representatividade e legitimidade do conselho", declarou.
O Brasil pleiteia um assento permanente no conselho, formado hoje por Estados Unidos, Rússia, China, França e Inglaterra.
Fonte: http://g1.globo.com
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