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Prefeito de Natal decreta estado de calamidade pública na saúde
Publicação autoriza contratação direta e dispensa de licitação em contratos.
Situação será mantida por 90 dias e pode ser prorrogada se necessário.
O prefeito Carlos Eduardo Alves decretou estado de calamidade na rede
municipal de assistência à saúde. A situação será mantida por 90 dias,
mas pode ser prorrogada, conforme especifica a publicação do Diário
Oficial do Município desta quarta-feira (31). O decreto autoriza a
contratação direta de profissionais nos serviços públicos de saúde e
dispensa de licitação os contratos para aquisição de bens, prestação de
serviços e de obras de manutenção, desde que possam ser concluídas no
prazo de 180 dias.
Na publicação, o Executivo Municipal explica que para decretar o
estado de calamidade pública considerou fatores como a precariedade
estrutural e a superlotação detectadas em diversas unidades de saúde da
rede municipal.
De acordo com o decreto, as chuvas dos últimos meses aceleraram o
processo de deterioração estrutural e causou a interdição de unidades de
atendimento para reformas. Tais medidas, segundo o Município,
aumentaram o risco de desassistência em áreas cruciais, como atenção
obstétrica, cirurgia traumato-ortopédica, urgência pediátrica e
neonatal, neurocirurgia pediátrica e assistência em leitos de terapia
intensiva.
Além dos prejuízos estruturais, o Município acrescenta que as chuvas
agravam os riscos epidemiológicos associados a coleções aquáticas como
dengue e leptospirose.
Sobre a superlotação, o decreto cita o grande fluxo de pacientes vindos
do interior do estado e o aumento das dificuldades de acesso aos
serviços básicos de saúde nos bairros em que as unidades foram afetadas.
A publicação reforça que devido às limitações citadas, diversas
demandas judiciais estão sendo recebidas pelo Município para atendimento
de grupos e pessoas.
Fonte: http://g1.globo.com
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