Os dados apresentados nesta segunda-feira pelo Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) sobre o Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) mostram "melhora
significativa" nos indicadores brasileiros, segundo o coordenador do
sistema Nações Unidas (ONU) no Brasil e representante do Pnud no País,
Jorge Chediek.
Na comparação entre os dados de 1991 e 2010, o IDHM no
Brasil subiu de 0,493 para 0,727, avanço de 47,5% em duas décadas. O
índice considera indicadores de longevidade, renda e educação e varia de
0 a 1. Quanto mais próximo de 1, melhor o desenvolvimento do município.
Na avaliação do representante na ONU, nos últimos 20
anos, o País registrou "progresso impressionante" na redução das
desigualdades e melhoria do desenvolvimento humano. "Olhamos o Brasil
como exemplo de país que tinha passivos históricos de desigualdade
econômica, regional e racial. O relatório mostra que, com uma ação clara
e forte compromisso da política pública, é possível atacar
desigualdades históricas em pouco tempo", avaliou.
O IDHM faz parte do Atlas do Desenvolvimento Humano no
Brasil 2013, ferramenta online de consulta do índice municipal e de mais
180 indicadores, construídos com base nos Censos de 1991, 2000 e 2010. O
atlas foi produzido pelo Pnud em parceria com Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro.
Depois de mapear indicadores do 5.565 municípios, a
próxima etapa do levantamento, segundo Chediek, será agrupar com maior
nível de detalhamento dados das 14 maiores regiões metropolitanas do
País. Além disso, o Pnud deverá lançar um relatório com análise
qualitativa das informações - e não apenas quantitativa - com sugestões
para elaboração de políticas públicas.
"Os atlas podem e devem ser usados como instrumentos
para o planejamento. O documento dá dicas do que precisa ser feito.
Gostaríamos que virasse um instrumento para construção de um País
melhor, baseado em informações fortes", sugeriu o representante da ONU.
O ministro interino da Secretaria de Assuntos
Estratégicos e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea), Marcelo Néri, disse que o IDHM é um indicador de muita
relevância para a população, por fornecer informações sobre o local onde
elas vivem e por agrupar todas etapas do ciclo da vida na composição do
índice. "O IDHM é só um começo. O trabalho tem pelo menos mais 770
outros indicadores que vão permitir captar e entender outras dimensões",
disse, em referência a outros dados disponíveis no atlas.
Fonte: http://noticias.terra.com.br
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