Vindo de cinco derrotas seguidas no Brasileirão, Tricolor vai precisar desembolsar R$ 2 milhões para sacramentar a saída da comissão técnica
O Fluminense vive um dilema. Com cinco derrotas consecutivas e já ocupando a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, a diretoria tricolor decidiu pela demissão do técnico Abel Braga, tratada desde a noite do último domingo após o revés para o Grêmio, em Porto Alegre. Ao mesmo tempo, os dirigentes enfrentam dois problemas principais: a falta de dinheiro para arcar com a dispensa da comissão técnica a cinco meses do fim do contrato e ainda a ausência de um nome de consenso para assumir o time imediatamente.O contrato do técnico Abel Braga com a Unimed, válido até o mês de dezembro, não tem multa rescisória. Mas é o compromisso do treinador com o Fluminense, assinado por tempo indeterminado, que surge como entrave. Somando dois meses de salários devidos, FGTS não recolhido e direitos de imagem também atrasados, o Tricolor precisaria desembolsar cerca de R$ 2,05 milhões para demitir toda a comissão técnica formada, além de Abel, pelo auxiliar técnico Leomir, o preparador físico Cristiano Nunes, o preparador de goleiros Marquinhos e o observador Fábio Moreno.
Outro problema é a falta de consenso entre os membros da diretoria tricolor quanto ao substituto. Vanderlei Luxemburgo, nome preferido do presidente da patrocinadora, Celso Barros, enfrenta forte rejeição no clube. O próprio presidente Peter Siemsen é contra. Atualmente no Bahia, Cristóvão Borges também já foi procurado, mas a incerteza quanto a permanência do diretor executivo Rodrigo Caetano em 2014 - os dois já trabalharam juntos no Vasco - atrapalha a questão. A terceira opção seria Ney Franco, recentemente demitido do São Paulo.
- O quadro é complicado. Hoje o Fluminense vive três problemas principais. Em Porto Algre foi tratada a demissão do treinador, mas não há um substituto para assumir o time. O nome do Luxemburgo, quando saiu na imprensa, teve uma rejeição enorme. E o clube não tem como honrar agora com os gastos da saída da comissão técnica. Não dá para demitir o treinador sem ter quem colocar no lugar, ainda mais na situação atual do time - resumiu uma pessoa ligada à diretoria tricolor.
Em 17º lugar no Brasileirão, o Fluminense precisaria de um novo treinador para assumir o time em caráter de urgência. O Tricolor já volta a campo na próxima quarta-feira para enfrentar o Cruzeiro, às 19h30m (de Brasília), no Maracanã. A primeira opção natural dentro do clube seria o técnico dos juniores, Marcelo Veiga, mas ele está na Alemanha com a equipe sub-20 disputando uma competição internacional. Em 2011, parte da diretoria tentou implantar a ideia do auxiliar técnico permanente justamente para casos como esse. Enderson Moreira foi contratado, mas a iniciativa não vingou.
Fonte: http://globoesporte.globo.com
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