Incêndio na casa noturna matou 242 pessoas em Santa Maria.
Quatro pessoas estavam presas desde a tragédia. decisão é desta quarta.
Audiência em Porto Alegre foi acompanhada por familiares (Foto: Giancarlo Barzi/RBS TV)
A Justiça do Rio Grande do Sul decidiu na tarde desta quarta-feira (29) pela soltura dos quatro presos por envolvimento no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria. Os sócios da casa noturna, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, e os integrantes da banda Gurizada Fandagueira, o cantor Marcelo dos Santos e o produtor Luciano Bonilha Leão serão liberados.
Familiares vieram de Santa Maria para acompanhar
decisão (Foto: Foto: Fabio Almeida / RBS TV)
O alvará de soltura será encaminhado para a Penitenciária Estadual de
Santa Maria ainda na tarde desta quarta-feira. Os quatro detidos desde a
tragédia devem ser soltos até o fim do dia. Revoltados, os familiares
que vieram de Santa Maria para acompanhar a audiência em Porto Alegre
começaram um protesto na Avenida Borges de Medeiros.O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, na madrugada de domingo, dia 27 de janeiro, resultou em 242 mortes. O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco.
O inquérito policial indiciou 16 pessoas criminalmente e responsabilizou outras 12. Já o MP denunciou oito pessoas, sendo quatro por homicídio, duas por fraude processual e duas por falso testemunho. A Justiça aceitou a denúncia. Com isso, os envolvidos no caso viram réus e serão julgados. Dois proprietários da casa noturna e dois integrantes da banda permanecem presos desde os dias seguinte à tragédia.
Veja as conclusões da investigação
- O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso no palco
- As faíscas atingiram a espuma do teto e deram início ao fogo
- O extintor de incêndio do lado do palco não funcionou
- A Kiss apresentava uma série das irregularidades quanto aos alvarás
- Havia superlotação no dia da tragédia, com no mínimo 864 pessoas
- A espuma utilizada para isolamento acústico era inadequada e irregular
- As grades de contenção (guarda-corpos) obstruíram a saída de vítimas
- A casa noturna tinha apenas uma porta de entrada e saída
- Não havia rotas adequadas e sinalizadas de saída em casos de emergência
- As portas tinham menos unidades de passagem do que o necessário
- Não havia exaustão de ar adequada, pois as janelas estavam obstruídas
Fonte:http://g1.globo.com
0 comentários:
Postar um comentário